quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um pouco mais sobre nós...

Nossa questão de base: qual o valor da informação para o desenvolvimento local, no âmbito das questões econômicas e sociais dos projetos sociais desenvolvidos no Ceará?

Em busca de respostas a essa questão, temos estudado alguns projetos, como por exemplo o da ADEL - Agência de Desenvolvimento Econômico Local, que será apresentado no encontro do dia 28 de novembro.

              A pesquisa visa ainda:

Desenvolver o design de um software social interativo como ferramenta de suporte para sistematização, organização de conteúdos  cooperação e mediação da informação, com enfoque em Tecnologia social Inclusiva (TSI), viabilizando mediante ações conjuntas entre os saberes científicos/acadêmicos e práticas sociais e experiências comunitárias de desenvolvimento local, a partir de iniciativas desenvolvidas no Estado do Ceará, para inclusão social e crescimento econômico solidário.

             Os objetivos são:

a) Mapear ações de Tecnologia Social Inclusiva (TSI), no Ceará;

b) Analisar as estratégicas comunitárias (individuais e coletivas) de acesso à informação e como ela circula entre os sujeitos no cotidiano das comunidades;

c) Identificar qual o valor da informação para o desenvolvimento local e as estratégias e situações de aprendizagem implementadas pelos moradores das comunidades na busca de informação, de modo competente;

d) Investigar as relações existentes entre informação, conhecimento, inovação social e desenvolvimento local, considerando as ações desenvolvidas mediante economia solidária no Ceará;

e) Investigar como se dá o fortalecimento das estruturas locais (sociais e econômicas), mediante a construção de saberes colaborativos e como esses saberes são compartilhados;

f) Estudar as concepções de designe de software social e design de interação e a sua aplicabilidade em tecnologia social Interativa.

g) Desenvolver uma solução de software social como Tecnologia social Inclusiva que apoie o desenvolvimento e a divulgação de estratégias comunitárias autossustentáveis no Estado do Ceará.




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hoje aconteceu a última reunião de 2012 do nosso grupo de estudo, que contou com muitas presenças especiais. Dos professores e pesquisadores Andréa Soares, Hamilton Tabosa e Thiciane May e das estudantes do curso de biblioteconomia Ana Aline, Raquel da Silva, Mayara Cinthya, Pricila Celedonio, Tanara Dora, Bianca Soares, Flavia Brena e Claudia Valentim e claro não podia faltar da coordenadora do grupo Dra. Prof. Lídia Eugênia.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

reunião 28 de novembro

Para aqueles que estão atenados com o nosso grupo de estudo, amanhã teremos uma visita muito especial, da estudante de administração Adriana que falará um pouco da Adel, como seu projeto de monografia, não percam, pois promete.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Origem das TS

Colegas que bom ver vocês por aqui de novo. Então isso quer dizer que estão gostando da postagens, ora então porque não aparecem nos grupos de estudo? Acontecem toda quarta-feira 9h, no departamento de ciência da informação, na sala de reunião, mas informações pelo email:marciadsf@hotmail.com. Agora sem demora confiram o que foi abordado no dia 07 de nov. 



GRUPO DE ESTUDO SOBRE INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO LOCAL E TECNOLÓGIA SOCIAL
* Origem das TS no contexto mundial

A definição de TS é recente e é constituída desde a década de 1970, quando se falava em tecnologia apropriada (TA), compreendida como produtos técnicos ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade. A tecnologia apropriada tem seu berço na Índia, durante o final do século XIX. Os reformadores daquela sociedade buscavam a reabilitação e o desenvolvimento das tecnologias tradicionais aplicadas nas aldeias como estratégia de luta contra o domínio britânico. Gandhi (entre 1924 e 1927) dedicou-se a construção de programas, visando a popularização da fiação manual realizada em uma roca de fiar e que até hoje é reconhecida como o primeiro equipamento tecnologicamente apropriado, o chamado charkha. Esse foi um movimento de luta contra a injustiça social e o sistema de castas que se perpetuava na Índia, despertando naquela população “a consciência políticas sobre a necessidade de auto-organização do povo e da renovação da indústria nativa hindu”. Implicando no melhoramento das técnicas locais, a adaptação da tecnologia moderna ao meio ambiente e ás condições da Índia, e o fomento da pesquisa científica e tecnológica, para identificar e resolver os problemas importantes imediatos. As ideias de Gandhi influenciaram grupos de pesquisadores nas décadas de 1970 e 1980 nos países avançados. 

* Origem das TS no contexto brasileiro 

No Brasil, o trabalho com as TS tem sua origem com a Fundação Banco do Brasil e com o Instituto de Tecnologia Social (ITS), que é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundado em 2001 com a missão de promover a geração, o desenvolvimento e aproveitamento de tecnologias voltadas para o interesse social e reunir as condições de mobilização do conhecimento, a fim de que se atenda as demandas da população. Em 2001, pela escassez de projetos e programas, e mesmo de artigos e publicações que trabalham com a conceituação de TS, a Fundação Banco do Brasil (FBB ,2004) lançou o premio FBB de TS. Com base nas iniciativas da FBB, surgem: em 2001, o Instituto de Tecnologia Social; em 2002, a Academia Brasileira de Ciência (ABC), e em 2003, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2003 foi instituído o Centro Brasileiro de Referência em Tecnologia Social (CBRTS) e, em 2004, o Centro Avançado de Tecnologias Sociais Ayrton Senna. A Rede de Tecnologia social (RTS) foi lançada em abril de 2005, com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável mediante a difusão e a reaplicação em escala de tecnologias sociais. O MCT e a CNPq, estão financiando projetos que visam á inclusão social por meio da aplicação de tecnologias inovadoras. Mais de R$ 33 milhões já forma repassados a projetos aprovados, em áreas como agricultura familiar, questões ligadas á água e conhecimentos tradicionais. (REDE DE TECNOLOGIA SOCIAL, 2006).
“Produção pelas massas, não pela produção em massas”
Ganghi 

Referênica:

MENDES JUNIOR, Ascelino Teixeira. Aplicação da metodologia de análise de tecnologia social – TS do SATECS UNI em sete projetos de extensão da UFC: experiência-piloto exploratória. 2011. 153 f. Dissertação (Mestrado em Avaliação de Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior) – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Fortaleza. 2001.


MACIEL, Ana Lúcia Suárez; FERNANDES, Rosa Maria Castilhos. Tecnologias sociais: interface com as políticas públicas e o Serviço social. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 105, p. 146-165, jan./mar. 2011.

Primeiro grupo de estudo: o que é Tecnologia social?

O nosso blog segue com as informações das reuniões do grupo de estudo sobre Informação, Desenvolvimento Local e Tecnologia Social, se você foi e quer rever o que estudamos ou não sabe nem do que se trata e nem no que se meteu não se preocupe, Seus Problemas Acabaram, irei postar o que foi abordado no nosso primeiro encontro.


GRUPO DE ESTUDO SOBRE INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO LOCAL E TECNOLOGIA SOCIAL 

Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Estando baseada na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras. As tecnologias sociais são sustentáveis e mais baratas em contra ponto as das tecnologias convencionais, estas são poluentes, caras, não sustentáveis e elitistas, “De acordo com Dagnino (2004), a tecnologia convencional se configura como a tecnologia predominante na atualidade. A tecnologia convencional se caracteriza por ser utilizada pelas empresas privadas principalmente, por poupar mão-de-obra e usar intensivamente insumos sintéticos, além de ser ambientalmente insustentável.” Existem TS (Tecnologias Sociais) já em funcionalidades no Brasil, mas a maioria destas não passa da fase de planejamento. Há muito o que se mudar nesse quesito no Brasil, muito o que pensar e desenvolver. A Tecnologia Social está se desenvolvendo cada vez mais no Brasil, por ser barata, sustentável e por ter como princípio fundamental se relacionar com a sociedade que a criou, levando em conta as necessidades locais do ambiente onde está inserida, para que estas possam ser solucionadas. As TS (Tecnologias Sociais) deveriam crescer em conjunto com o Estado, mas, ao contrário, o Estado não participa diretamente com investimentos, diferente das realidades de outros países onde o Estado é o maior investidor em TS. As TS no Brasil são desenvolvidas por indivíduos para suprir as necessidades especificas de suas comunidades e não por interesse do Estado brasileiro. Porém, há instituições como a FBB (Fundação Banco do Brasil), RTS (Rede de Tecnologias Sociais), MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), que mostram que o Brasil vem se abrindo cada vez mais para as Tecnologias Sociais, criando projetos de apoiando iniciativas de conhecimentos tecnológicos voltadas para o lado social. Mas há muitas barreiras a serem vencidas, como o não beneficiamento completo, mas parcial de muitas TS no Brasil.


Como você vê as relações entre Tecnologia Social, Desenvolvimento Local e Acesso à Informação?

Pelo o que foi visto as tecnologias sociais se propõem a atender questões à melhoria das condições de vida e à diminuição de desigualdades sociais pelo desenvolvimento local sustentável. Um dos maiores exemplos de TS no nosso estado é o Banco Palmas atuante no Conjunto Palmeiras, em Fortaleza. No seu bairro existe algum projeto de Tecnologia Social? E se não existe em cima do que foi visto, consegue pensar em algum projeto social para beneficiar a comunidade em que vive de forma sustentável e econômica?


CORRÊA, Raquel Folmer. Tecnologia e sociedade: análise de tecnologias sociais no Brasil contemporâneo. 2010.149f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. 2010. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/29579/000777420.pdf?sequence=1>. Acessado em:20 out. 2012.